É isso mesmo. Vivem nos arredores do Porto e estudam no Porto. Não é difícil adivinhar de quem se trata. Fugindo da ribalta ? Mero acaso ? Para ter boas notas ? Preparando o futuro, porque o Norte vai voltar a ter poder ?
‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ ‌ 

Click here to read this mailing online.

Your email updates, powered by FeedBlitz

 
Here is a sample subscription for you. Click here to start your FREE subscription


"Norteamos" - 5 new articles

  1. Netos de ex-presidente da GOL, filhos de importante ex-governante a estudar no Porto
  2. Auto-Europa na Maia e licão sobre a história económica recente do Norte de Portugal
  3. Missões do MPN/PDA no novo cenário politico
  4. Será que Portas vai pedir a Rio para travar as PPP no Porto ?
  5. Chapéus há muitos seu palerma !
  6. More Recent Articles

Netos de ex-presidente da GOL, filhos de importante ex-governante a estudar no Porto

É isso mesmo. Vivem nos arredores do Porto e estudam no Porto. Não é difícil adivinhar de quem se trata. Fugindo da ribalta ? Mero acaso ? Para ter boas notas ? Preparando o futuro, porque o Norte vai voltar a ter poder ?

Auto-Europa na Maia e licão sobre a história económica recente do Norte de Portugal

Não é o post do ano, mas é sem dúvida o comentário do ano. Mais uma vez o comentador «anti-comuna». É também uma lição para a actual liderança do MPN completamente a leste do que é verdadeiramente o Norte.

Quando a Ford e a VW decidem instalar-se em Portugal, escolheram a zona Vila do Conde/Maia, como local preferido. E tinham um argumento de peso: já havia uma linha de mercadorias que ligava essa zona (incluindo o agora Concelho Trofa) ao Porto de Leixões. Os custos de ligação ao Porto de Leixões eram muito baixos. Além disso, a maioria do IDE alemão estava no Norte, como essa Continental, que agora parece que ficam contentes por ver a empresa em dificuldades, podendo pôr em risco a viabilidade da fábrica no… Norte.

Mas nessa altura, vou lembrar ao meu amigo, sucedeu uma coisa terrível em Setúbal. Havia muita fome. Até houve um chamado “bispo vermelho”, que enquanto comia jaquinzinhos com o Cavaco, lá lhe pedia dinheiros públicos para ajudar aquela zona do país a sair da crise e da fome. Então o governo desviou a Autoeuropa para Setúbal. E sabe qual foi a reacção no Norte? (E mal sabiamos o que nos esperava.) Calamo-nos e compreendemos que a solidariedade nacional implicava abdicar deste investimento para ajudar a combater a fome de Setúbal. Mais tarde, o Gueterres, como uma espécie de pagamento, apoia a instalação da Siemens/Infeneon.

E foi assim que a Autoreuropa e um grupo de fornecedores foi levado para Setúbel, prejudicando o Norte. Norte esse que mal sabia o que lhe esperava. E por alturas em que se decide instalar a Autoreuropa em Setúbal, o Norte começa a sua longa crise, que levará ao colapso do IDE, da saída das multinacionais, em especial do Calçado e Têxtil, que levou á fome, ao desemprego e a uma crise que já leva 20 anos. Nunca essas gentes de Setúbal agradeceram aos nortenhos a solidariedade tida com eles. (Aliás, na mesma senda dos parasitas da madeira e dos Açores, que agora vivem bem acima dos do Norte e ignoram completamente os nossos problemas, tentando é sacar mais. Nesse aspecto, os Açores e a Madeira apenas imitaram aquilo que fez Lisboa desde sempre. Há séculos!)

Nestes vinte anos, muito desemprego, fome, emigração maciça (basta ver que a emigração nestes vinte anos foi alta, sobretudo com gente do Norte, rumo à Suiça, Alemanha, Espanha, França, até Angola e o Brasil, nas últimas ondas emigratórias.) E a fome foi tanta mas envergonhada, que nunca foi o Norte ajudado em nada por Lisboa. Apenas a Elisa Ferreira (mas de um modo completamente disparatado e à moda soxcialista) tentou inverter o rumo dos acontecimentos e tentar amortecer a crise.

Lisboa, desculpe-me o termo, cagou completamente para o Norte e a sua crise estrutural. Aliás, Lisboa, durante as festas da Expo, até gozava com os nortenhos, dizendo que a culpa da crise era deles e dos seus empresários, que gastaram fortunas em ferraris em vez de máquinas. Ignorando completamente, não apenas o sofrimento do norte como um aumento exponencial da pobreza. Pobreza essa, escamoteada por Lisboa, com RSIs, que apenas serviram para as cámaras e juntas de freguesia socialistas, comprarem votos. Não para resolver a pobreza.

E foi assim, ao longo destes vinte anos. O Norte sofreu uma crise de tal forma, que houve muita fome, emigração (olhe eu também emigrei) e pobreza escondida. Mas os nortenhos têm um grande defeito, neste tipo de regime parasita, implantado por Lisboa. Quem não chora, não mama. E o Norte, em vez de ter bispos vermelhos, em vez de ter manifes contra os governos, e muito barulho a pedir, tentou resolver a crise como pode e sabe. Muitos emigraram. Outros empobreceram. E muitos outros lutaram gloriosamente para sairem da crise. O sector do calçado e do Têxtil são o maravilhoso exemplo, de gente que acreditou em si e investiu muito. Mesmo quando os resultados não eram tão expressivos como eram necessários. E quanto esta gente arranhava a terra, os merdinhas de Lisboa diziam que o calçado e o têxtil não tinha futuro. (Ainda de vez em quando se vêm essas piadas, gozando com os sapatos que se produzem aqui. Muitos diziam mesmo que era melhor pagar subsidios de desemprego aos nortenhos que trabalharem para ganhar um salário mínimo.

Mas talvez, a ausência de um Estado interventor tenha sido a sorte do Norte. O calçado cresceu e mudou. O têxtil também. Quase sozinhos, a remar contra a maré. Ninguém reconhecia o esforço enorme destas gentes, muitas delas sem patuá para se mexerem na corte parasita de Lisboa, mas bastante trabalhadores, humildes e esforçados. O Norte era gozado pelos parasitas a sul. Até nos chamam bimbos. Mas são estes bimbos que estão a vencer a batalha pela competitividade, em mercados dificeis e fortemente concorrenciais. Não pedem fecho de fronteiras, nem subsidios á exportação ou IVAs reduzidos. Pedem que os deixem trabalhar, que se lhes mudem as leis do trabalho, que se acabe com o parasitismo de Lisboa.

E são estes bimbos que estão agora a tirar Portugal da crise. os de Lisboa só se queixam que vão perder a mama! Pudera! Trabalhar é coisa que custa e parece que no sul, muitos não gostam. Ainda na Segunda-Feira, um ex-funcionário da JM, agora a trabahar por conta própria, disse-o na cara dos inteligentes do Sul que vão ao Prós & Contras pedir mais mamas.

É a vida!

Agora, o parasitismo continua bem vivo:

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=511563

Ou seja, enterraram mais uns milhões valentes (desviando dinheiros do Norte) para tentarem ajudar os Alentejanos. E claro, os investimentos da Embraer foram para o Alentejo por causa deste tipo de políticas. E claro, alguns tontinhos vão dizer: vêm? Nós no Alentejo exportamos componentes de avião. Pois.

Mas olhe que no Norte ninguém protesta contra os investimentos no Alentejo. Sabe porquê? Porque no Norte existe uma coisa chamada amor a Portugal e consideramos Portugal, todo o território. Há muitos parasitas que acham que Lisboa é Portugal e o resto paisagem e terra de bimbos.

Mas não estiquem muito a corda, que vos pode sair bem caro. Se o Norte sai da crise sem ajudas de Lisboa, também poderá começar a mostrar a Lisboa que acabou-se o regabofe. E é só para lembrar a alguns espertinhos, que sem a água e a energia do norte, Lisboa fica como Marraquexe. É só para lembrar alguns, esquecidos, que são egoístas e ingratos.

Não foram os nortenhos que pediram à Autoeuropa para vir para o Norte. Foi mesmo a joint-venture que decidiu vir para o Norte. Foram os americanos e os alemães que decidiram. E não foi apenas por causa da linha ferroviária existente. Mas sobretudo a fama do tecido empresarial do Norte que lhes dava garantias de fornecimentos a tempo e horas, amigo. Foi por haver já então, empresas no Norte, muitas delas alemãs, que lhes davam garantias de uma produtividade acima da Europa. Foi por haver uma Grundig (agora Bosch) em Braga, onde se produzem milhões de auto-rádios. Uma Continental-Mabor em Lousado, Famalicão, onde se prodiam pneus de alta qualidade. Foir por haver uma Philips, uma Quintas & Quintas, Saltano, uma Soécia, etc. etc. Que eram produtores industriais e potenciais fornecedores da nova fábrica

Foi a Associação Luso-Alemã que mostrou aos gajos da Ford e da VW, que o Norte de Portugal era o ideal. Em Setúbal não havia produtores industriais na área. Apenas desempregados, bons metalúrgicos, é certo, mas sem experiência a produzir para os mercados internacionais e habituados á exigências e standards da indústria autoimóvel

Até lhe vou dizer mais, amigo. Quando a Intel quis instalar-se em Portugal (que mais tarde deu a ideia aos socialistas em instalarem uma fábrica de memórias em Vila do Conde) foi no Norte. Mas as autoridades de Lisboa foram tão parasitas, chulas e badalhocas (sim este é o termo, cambada de FDP) que queriam obrigar os gajos a instalarem-se no sul. Eles desistiram e nem Norte, nem sul nem o raio que os parta a todos os parasitas de Lisboa. Esta mania de quererm decidir, a regra e esquadro, os projectos industriais, deu em barraca. Uma vergonha a forma como Lisboa lidou com esse potencial grande investimento americano.

É por isso, que sempre que lembro dos chulos em Lisboa, apetece-me explodir e chamar-lhes aquilo que eles sempre foram: chulos, azeiteiros e parasitas. Até esse investimento, que poderia ajudar imenso Portugal, foi embora por causa da aplicação de fundos comunitários no sul. PQP a todos! Burros que nem uma porta. Depois, enfim, o IDE industrial quase secou, com Lisboa mais preocupada em promover o imobiliário, que a Expo foi isso mesmo: um grande negócio para a especulação imobiliára.

Aliás, a localização da Autoeuropa foi um grande erro. Que foi reconhecido pelos americanos e que os fizeram desfazer a joint venture, deixando a VW com a fábrica nas mãos. Com a saída da Ford, muitos investimentos que se instalaram em Portugal voaram como os da Delphi, por exemplo.

E a Autoreuropa foi-se mantendo por Portugal por mero acaso e teimosia dos alemães. (Que tinham razão, como veio a demonstrar que a grande maioria dos componentes vão do Norte para Setúbal.) Chegou a ser equacionado o seu fecho, até há bem poucos anos, face à capacidade produtiva quase sempre abaixo dos 50%, mesmo com o esforço meritório dos seus trabalhadores, que mostraram estar à altura da fábrica. Nisso há que bater palmas aos trabalhadores da Autoeuropa, que conjuntamente com os alemães e os próprios fornecedores, foram os herois para impedir o encerramento da Autoeuropa.

Mas a localização foi um tremendo erro. Se eles tivessem instalado a fábrica onde foram aconselhados a abrir, estariam mesmo no centro dos seus principais fornecedores, podendo ter uma cadeia de produção mais rápida, JIT mais eficiente e até a qualidade mais alta. Onde eles foram aconselhados a abrirem a fábrica ficavam a meia dúzia de kms. dos pneus, dos auto-rádios, das lâmpadas, dos componentes para motores, etc. Mas depois, claro, os subsidios falaram mais alto. E mesmo assim quase que fecharam as portas. O primeiro local seria mais competitivo. Isso é a verdade dos factos.

   

Missões do MPN/PDA no novo cenário politico

Apresento de seguida o inevitável «trabalho de casa» do MPN (ou outros que venham a surgir) no contexto politico, económico, financeiro e social dos próximos anos.

Em primeiro lugar uma declaração de interesses: Sócrates já esta derrotado e o PSD de PPCoelho já ganhou. Ainda bem. Agora o voto útil a Norte e o meu voto amanha e´ no MPN/PDA, apesar de todas as reticencias que coloco a certos militantes e simpatizantes.

Desenganem-se todos os que acreditam que com o PSD de PPC haverá alterações substanciais a Norte. De facto, não haverão.

O PSD tem 2 metades:

  • O PSD de Lisboa que é um instrumento das oligarquias, do PSI20, dos sectores «rent-seeeking», da economia dos bens e serviços não transaccionáveis e dos mercados e negócios protegidos pelo Estado;
  • O PSD distrital, oposto, que se baseia, no capitalismo industrial, regional, shumpeteriano (http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeter), na economia dos bens e serviços transaccionáveis, das PMEs, na concorrência , na exportação.

Não vale a pena falar do PS e CDS pois são partidos da economia mafiosa ligadas ao fornecimento do Estado e a população inactiva ou menos dinâmica. O PCP e BE pois são partidos tribunícios sem aspiração de governar.

Ora historicamente, o PSD inclina-se sempre para os interesses da oligarquia de Lisboa. Como já se pode vislumbrar do curriculum (http://verdadeirolapisazul.blogspot.com/) de PPC, apesar das imposições da Troika contra o sector BSNT, é muito provável que se mantenha o «status quo».

A economia lisboeta que tem uma bolha imobiliária (valor do m2 40% acima da media nacional), que se especializou em deficit comercial externo via delegações de multinacionais la instaladas e em BSNT, que concentra 40 % do endividamento privado não bancário, que tem um PIB per capita artificialmente acima da media da UE, que concentra a imensa maioria das sedes e serviços centrais da administração central, deveria ser aquela que mais iria sofrer com a crise. São eles que estão a viver acima das possibilidades e não o resto de Portugal

Porem como as oligarquias e o Estado de Lisboa vivem há séculos de parasitagem colonial e há décadas de parasitagem regional, sabem bem manobrar a politica e lançar os políticos certos para defender os seus interesses. E portanto encontraram em PPC uma via para manter o «status quo». O apoio a economia dos BSNT, lucrativa porque sem concorrência, parasitadora, alimentada pelos contribuintes, mudara´ de sabor e ate poderá fazer alguma cura de emagrecimento, mas os beneficiários serão os mesmos. Com PPC acabara o beneficio `a oligarquia pela via das obras publicas e fornecimentos intermédios ao Estado Central e começara´ o beneficio `a mesma oligarquia via privatização parcial ou total de serviços públicos da saúde, educação e segurança social, ainda que seja disfarçado de salvação de Estado Social.

Ora em tudo isto, o padrão vai manter-se. A oligarquia lisboeta dos BSNT continuara a explorar a economia do BST, com Vitor Bento denuncia no seu livro «No´ Cego da Economia».

Na pratica, a única constante politica nos últimos 100 anos, com um interregno de alguns anos depois do 25 de Abril, tem sido o domínio dos oligarcas lisboetas da economia BSNT sobre a politica nacional. Desde o condicionamento industrial em que o Norte ficou com o que Lisboa não queria, ate `a aposta na economia de serviços que deslocalizou do Porto para Lisboa sedes de instituições ca´ haviam ate `as recentes propostas para obras por todo o pais financiadas por PPP organizadas por lisboetas apoiantes de PPC.

Enquanto a economia BST, regional, industrial, shumptereana, sustentavel estiver representada politicamente pelo PSD distrital, na hora H, este será sempre preterido pelos interesses do PSD lisboeta. E quando o PSD distrital toma o poder dentro do PSD, a oligarquia lisboeta muda-se para o PS, como aconteceu com Guterres/Nogueira ou como aconteceu com Sócrates/Santana.

Como os resultados de amanha confirmarão, o PSD ganhara´ a Norte, excepto talvez na Lisboa do Norte (Braga) e o PS e CDU ganharão a sul excepto Algarve e Madeira. Ora esta previsão, vai confirmar minha tese.

Onde entra o MPN neste jogo?

O MPN tem sido um partido tribunício de critica ao centralismo e reclamação por investimento publico. Limita-se ao populismo anti-centralista, uma espécie de bloco de esquerda do Norte.

O MPN tem que perceber efectivamente a sociologia politica e económica se quer efectivamente defender o Norte (eu ainda tenho duvidas sobre isso). Tem que perceber como e que as oligarquias lisboetas criam o rotativismo politco-partidário que as beneficia.

O MPN tem que munir-se de intelectualidade para poder formular uma estratégia para desviar os votos, poder politico, simpatizantes e militantes do PSD distrital. Reclamar contra o TGV, aeropostos, ferrovias, falta de regionalizações entre outros, de nada serve dado que são apenas sintomas de um modelo em funcionamento. Se não forem essas as parasitagens serão de certeza outras. O que verdadeiramente se passa e que os votos do Norte são usados para defender os interesses da oligarquia e massas lisboetas. Este é o problema nº 1.

Perante este desafio, de efectiva compreensão dos mecanismos de representação politica da oligarquia lisboeta , apesar de ter subscrito quase todos os feeds do PDA/MPN, desde que Francisco Fialho abandonou o movimento, não tenho ouvido Anacoreta Correia, nem Cristina Barbot, nem iniciativas para ouvir intelectuais independentes a Norte como seja Rio Moreira ou Pedro Arroja ou lisboetas como Vítor Bento, nem propostas baseadas na inteligência online acumulada em blogues como a Baixa do Porto, Regiões, O António Maria, Geoscopio, Desmitos, etc. No MPN há demasiados lutadores das scuts, empreendedorismo social, produtores de vídeo, vendedores de seguros e por muito meritória que sejam as suas acções e reclamações, não conseguem ver o problema em toda a sua profundidade. E portanto nunca encontrarão uma solução ou proposta ganhadora por falta de correcto diagnostico do problema.

O «upgrade» do MPN também é uma urgência. é que de forma inesperada o assunto independência do Norte será um tema a estudar com profundidade nos próximos 5 anos. E terá que ser o MPN a pensar nele.

O cenário é este: O nível de endividamento externo de Portugal é muito grande e os próximos anos serão duros a tentar equilibrar as contas (embora haja soluções que ainda não foram exploradas como seja incentivar a redução da economia informal via redução de impostos). Ora nos percalços que irão existir neste caminho, num mundo e Europa indisponível para compreensões, haverá sempre a tentação da celebre renegociação da divida, sobretudo por quem não esta habituado a sacrifícios, nem a emigrar, nem a fazer pela vida: precisamente a economia e cidadaos lisboetas, beneficiários do status quo actual. Ora os maiores credores do Estado Português são precisamente… os bancos e fundos espanhóis. Ora com o PSEO pró-autonomia em queda e o PP tradicionalmente castelhanista em ascensão é muito provável que em Madrid se aceite uma renegociação da divida a troco de uma federação Ibérica ou afim. Os Migueis de Vasconcelos do sitio do costume irão aceder, porque é esta a lógica secular deles: Mais um esquema para viver acima das possibilidades durante uns anos. Ora neste cenário, altamente provável a 5 anos, mas para o qual ainda não tenho ideias formadas, o MPN e o Norte terá que ter uma proposta concreta.

Pelas razoes que apresentei, independentemente do resultado que obtenha amanha, o MPN tem novas e exigentes missões pela frente.

   

Será que Portas vai pedir a Rio para travar as PPP no Porto ?

Em 2008:
«Rui Rio diz que caminho seguido por Sócrates (investimento público) é «errado» «Não é a política correcta, em termos de investimento público, fazê-los todos agora, todos em força, e secar o crédito às empresas», defendeu o autarca. «Por isso, sublinhou, «temos de ser muito selectivos, mas não me pergunte se hei-de fazer a linha A ou B, este investimento ou aquele». O vice-presidente do PSD criticou ainda o rumo que o Governo está a seguir, considerando que, com a actual política, o país não pode ter esperança»

Não olhes para o que digo, olha para o que faço:
A requalificação do Pavilhão Rosa Mota resulta de uma parceria público-privada entre a Câmara do Porto, a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Parque Expo, o Pavilhão Atlântico e o Coliseu do Porto. Está prevista a construção de 4 volumes no exterior: um restaurante, uma torre para descarga de gases, um espaço para conferências de menor dimensão e o pavilhão de congressos para 1.200 pessoas. O projecto corresponde a um investimento total de 19 milhões de euros, suportados pela autarquia através de um empréstimo bancário (10 milhões de euros), pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (cerca de 6 milhões) e pelo consórcio adjudicatário (3 milhões).
Portas contra a espiral de PPP:
Ao procurar sintetizar as prioridades de manifesto com mais de 140 medidas «importantes», Paulo Portas frisou que um governo CDS «travará a espiral das PPP».

Portas encontra-se com Rio: Será que Portas vai pedir a Rio para travar as PPP no Porto ?

Claro que não. Votem nestes 2 e depois queixem-se.

PS: António, não está esquecido. E terei que escrever antes de 5 de Junho.
   

Chapéus há muitos seu palerma !

O que levou o PSD Porto a apoiar PPCoelho em vez de PSLopes foi uma questão de tachos. Parece que nas eleições de 2006 PSLopes terá imposto figuras fora dos distrito do Porto nas listas de deputados do distrito. Se o PSD POrto tivesse apoiado PSLopes, provavelmente este teria ganho a Sócrates em 2009 e hoje Portugal não estaria na bancarrota. Entretanto parece que o PPC fez agora o mesmo que fez PSLopes em 2006...

Menezes para proteger os tachinhos dos seus apoiantes afirma: «Luís Filipe Menezes diz que fusão do Porto com Gaia é prematura». Como dizia o lisboeta Eurico da Fonseca: Nascer, viver e morrer no meio de brutos é triste. Ou então, «Chapéus há muitos seu palerma !»

Qualquer observador minimamente informado, percebe que qualquer assunto «fusão/redução da administração pública» é imediatamente aceite pelo eleitorado e que é uma oportunidade para concretizar a devolução de poder administrativo para fora de Lisboa, via Regionalização tradicional ou alternativas inovadoras. Laje sugere-o, a Troika FMI/UE/BCE obriga, António Costa prepara o mesmo em Lisboa e já começou a pedir a metropolitanização de competências da administração central. A nossa pseudo-elite provinciana é a última a ler as entrelinhas.

Esperemos que seja o presidente da CMPorto Rui Moreira a fundir formalmente Porto e Gaia (e eventualmente outros) ou a passar para a JMPorto competências autárquicas que afectam o desenvolvimento económico (PDM conjunto, transportes, promoção turística, etc).
   

More Recent Articles


You Might Like